quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A Violência dos estudantes e a Violência gratuita!!!



"ESTUDANTES! Ontem, alunos de três escolas estaduais pararam na DEA por envolvimento em outro episódio de pancadaria no Centro. Mais uma briga de rua".

"VINGANÇA! Adolescente é assasssinado após roubo perto de escola. Alunos estavam indo embora e, segundo delegada, tragédia maior poderia ter ocorrido".

"5 MIL ASSALTOS SÃO COMETIDOS POR MÊS NA CAPITAL! Santa Isabel, Morada da Serra, Parque Cuiabá e Cristo Rei são os bairros mais violentos da capital".

Essas são algumas manchetes dos jornais da Cuiabá -MT, com referência a onda de violência que assola o país, onde quer que se vá!

A Escola Ulisses Cuiabano, situada no bairro Jardim Cuiabá, atende uma clientela de vários bairros periféricos, inclusive o Bairro citado pelo Jornal, Santa Isabel.

A Gestão escolar quando assumiu em 2006 buscou agregar forças com toda a comunidade escolar para desestabilizar uma gang que tentava intimidar, além de alunos, os próprios professores. Assim depois de uma reunião em fevereiro de 2009, a direçãoda escola buscou a reformulação do PPP -Projeto Político Pedagógico em que pudesse mudar o Regimento Escolar e punir os malfeitores, mesmo respeitando o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, com maior rigor. Isso foi feito, depois de várias reuniões, inclusive com a Presidente do bairro senhora Adair Souza. Começamos então chamar os responsáveis por esses alunos, mas que faziam papel de "delinquentes juvenil ou protótipos de bandidos", para que pedissem transferência desses. De uma vez só foram 6. As retaliações não demoraram acontecer, primeiro mandando recados ameaçadores pelos professores à direção da escola, ao ponto do Gestor ir em sala e perguntar se havia alguém que queria agredí-lo, se houvesse que se identificasse e que cumprisse o recado. Mas não parou por aí, começaram a fazer ameaça de morte por telefone, por três vezes deixandoos funcionários da Secretaria apreensivos e chorando. O que eles querem é que tenhamos medo, mas não temos pois a faorça maior vem de cima, vem de Deus, Deus é maior! Amém.

Essas atitudes deram mais força e coragem aos gestores da escola para continuar a "guerra" contra as Gangs. Até o Conselho Tutelar quis acoitar os "delinquentes juvenis" e protegê-los da punição da escola, quando procuraram o gestor querendo que a escola os aceitassem de volta, porém o diretor foi firme e disse que só os aceitariam de volta com ordem judicial e a polícia junto, pois as agreções físicas que eles cometeram feriam "o direito de ir i vir", de todo cidadão brasileiro, que consta na Constituição Federal.

Queremos enfatizar que esta luta não está ganha, pois a cada ano a escola recebe novos alunos e chegam como se fossem donos dos direitos do local e, sempre no início do ano letivo, encontramos difuculdades em passar a postura disciplinar da escola, porque eles acham que a Escola Ulisses é a mesma de onde vieram e não é. Aqui o Regimento Escolar é severo e se cumpre o que está no PPP, o que pra eles é errado. Mas a direção da escola entende que isso é normal, já que os alunos, as vezes, são vítimas da própria criação, ou seja da família, que não não os educam, não o instruem, também porque não tem tempo de cuidar durante o dia e a criança aprende na rua, todavia a rua ensina errado, a escola ensina certo.

Hoje 2009, quando olhamos a manchete no jornal A Gazeta, na reportagem de Adilson Rosa e Joanice de Deus :" As brigas envolvendo estudantes de escolas públicas da capital parecem não ter mais fim. Ontem de manhã, o cruzamento das ruas 13 de Junho com Dom Bosco foi palco de mais uma sessão de pancadaria envolvendo estudantes com uniformes das escolas Presidente Médici, Nilo Póvoas e Emília Figueiredo", vemos que tomamos a titude correta de punir o aluno agressor e com isso garantir a integridade física daqueles que ainda querem estudar na escola. Entendemos que as dificuldades são enormes pois o próprio poder público não ajuda e as vezes atrapalha, como foi o caso aqui contado do Conselho Tutelar.

Agora na Escola Ulisses Cuiabano agressão física é passivel de expulsão, como reza o nosso Projeto. Deu certo isso? Achamos que sim, pois nossa clientela que era de 328 alunos, saltou para 694 alunos, além do mais a escola não tem mais vidros e nem carteiras quebradas. Os alunos estudam sossegados sem medo de violência.

A luta continua em 2010!

Diretor Dimas Antônio

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